terça-feira, 13 de maio de 2008

A contracultura no Brasil

Hoje, existem materiais referentes à contracultura na internet. Muitos blogs, fotologs pessoais, sites e o “fenômeno” Orkut (este em modo geral, nada contracultural) que têm comunidades defendendo uma ideologia diferente à cultura existente no Brasil.

A exemplo de movimentos populares que transformam-se em uma espécie de contracultura,temos a Parada Gay que hoje popularizada leva cerca de 3 milhões de pessoas as ruas de São Paulo. Poucos ali buscam o que de fato o evento tem como propósito, a baixa do preconceito contra homossexuais. Hoje é um movimento para mais um dia de lazer, musica eletrônica e para alguns, novos contatos sexuais.

Há poucos anos atrás não, mas hoje há popularização, que com o tempo se ganha mais força e saia da classificação da contracultura. Os homossexuais tem ganho destaque e muitas conquistas no cenário jurídico contra o preconceito, restaurantes e até academias de musculação especificas e inúmeros benefícios em diversos cenários do capital, e tem até igreja evangélica destinada à eles, a “igreja Para Todos”.

Se existisse uma contracultura na televisão brasileira, certamente hoje muitos programas cairiam da mídia. Os populares Zorra Total, Casseta e Planeta, A Praça é Nossa, Caldeirão do Huck, programa da Xuxa, Domingão do Faustão, Domingo Legal, Superpop, Big Brother, O Aprendiz, enfim, diversos programas que grande parte das massas dá sua audiência e compra os produtos de seus patrocinadores, estes que são apenas entretenimento, prendeM a atenção da população frente à uma programação praticamente vazia em cultura,visada no lucro exacerbado

A contracultura estaria presente nas musicas, do famoso funk ao popular rock. Programas religiosos da Universal e até mesmo o famoso padre, cantor, saltitante Marcelo Rossi, não teria seus CDs como os mais vendidos no país e não teria uma vida boa financeiramente. Seus famosos terços de reza, rendem para o bolso (ou comunidade beneficiente e religiosa, assim como ele prefere dizer) cerca de 10 mil reais por dia.

O que seriam dos brasileiros, caso acabassem as novelas globais, do SBT, Record, Band? Provavelmente substituídos por programas que estimulassem a população ao certo e não ao erro do adultério, preconceito racial, religioso e sexual. Talvez uma reformulação dos valores éticos e por conseqüência estéticos dos veículos de comunicação, transformariam o Brasil em um país não americanizado, não movido por ser popular, mas principalmente por ser educativo, transparente e objetivo.

Existiriam patrocinadores capazes de aceitar tal transformação no cenário da comunicação brasileira? Provavelmente estes de hoje não, mas como sempre existe um “jeitinho brasileiro” muitos tirariam proveito deste novo cenário cultural.

Nenhum comentário: