É alí, naquela cabana ao alto da montanha. Lugar este aonde eu escondo os meus segredos.
Alí somente entram os que tem senha, as pessoas mais especiais, as que são escolhidas a dedo.
Ela é feita de madeira, ninguem dava muito valor, porém aquela cabana fora construida com muito sacrifício.
Ela é direto com a natureza, o meu quintal é o morro, que desce e sobe em grandes árvores, tão longe da civilização.
Lugar de paz, harmonia, sossego e amor. Dalí não quero sair, sinto-me tão bem.
Costumo receber muitas visitas, e todas que provam do bolo que preparo, pedem sempre mais, ainda tenho que me conformar pois todos eles elogiam muito tudo o que preparo.
Quando é pela tarde, antes do sol se por, vou ao meu quintal que é a natureza e alí na cachoeira busco um pouco de água para abastecer meu filtro de casa.
Ninguem diz acreditar que a água que sirvo fora trazida de uma cachoeira, pois ela é cristalina.
Nela possuo somente uma cama de casal para eu dormir. Para os meus amigos ofereço as redes forradas de seda que tenho espalhado por todos cantos da casa, eu adoro redes.
Quando dá a hora de tomar banho, não pode ser muito tarde porque senão a água esfria. Precisamos ir ao riacho, tá certo que não é aquele riacho tão maravilhoso, mas é atrás da minha casa, tão perto para ser usado.
Televisão, internet, telefone, nada disso possuo. Vivo sem essa civilização, decidi saber as horas pelo nascer e pôr do sol, este sim é confiável e prazeroso.
Quem sentir vontade de entrar, tem de merecer. Não costumo abrir a porta para qualquer um e quando abro, nunca fecho.
Se abrir a porta para você, cuide bem da minha casa, não pise com os pés sujos de lama do morro, limpe-os bem.
As vezes peço para que me ajude e retire a poeira dos armários, não dou conta sozinho.
Aqui eu ofereço o bom e do melhor, e uma vez você aqui dentro dificilmente sairá, a menos que desmereça.
Ricardo Andrade


Um comentário:
Já entrei tá. Dá licença, Inclusive já limpei os pés sujos de lama
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